segunda-feira, 29 de junho de 2009

A Igreja e os pobres V

"É Dado". Foi este o nome escolhido para a primeira loja solidária da igreja que abriu as portas, em Carnide. Roupas de senhora, homem e criança, assim como sapatos, brinquedos, móveis ou outros equipamentos de utilidade estão disponíveis para todos os que ali chegarem encaminhados pelos centros paroquiais.
Inserida no projecto "Igreja Solidária" da Diocese do Patriarcado de Lisboa, que pretende dar uma resposta à crise económica, esta loja destina-se a ajudar pessoas necessitadas.

A Igreja e os pobres IV

O Cardeal-patriarca de Lisboa, D. José Policarpo, benzeu hoje a "primeira pedra" da Igreja dos Navegantes, no Parque das Nações, uma obra que custará seis milhões de euros e deverá estar concluída em 2013.
A igreja terá uma das maiores áreas de vitral do Mundo, com 900 metros quadrados. O projecto da igreja caracteriza-se pela "fachada translúcida" que valorizará, segundo o pároco Paulo Franco, os vitrais, através da passagem de luz. A obra deverá estar paga em dez anos: o "retorno" virá da rentabilização de infra-estruturas como o auditório e um parque subterrâneo. A igreja terá 630 lugares sentados e em grandes cerimónias poderá acolher 1300 fiéis. Inclui dois espaços de babysitting, duas capelas mortuárias, um centro pastoral, uma sede de escuteiros, restaurante, café e esplanada.

A Igreja e os pobres III

3. O pároco da igreja de Santa Maria, Agualva-Cacém, alertou hoje que a paróquia "atravessa dificuldades" para pagar um empréstimo de duzentos mil euros, contraído há quinze anos para construir o edifício da igreja.

A Igreja e os pobres II

2. Francisco Crespo é director da pastoral sociocaritativa do patriarcado de Lisboa. É cónego. E no DN de 14 de Abril deste ano dá umas dicas no combate efectivo à pobreza. Por exemplo, para financiar as acções solidárias foram lançadas campanhas de recolha de fundos, nomeadamente através da Rádio Renascença, apelando à generosidade de todos.
Mas para que não haja facilitismos à custa da lógica que dando dinheiro tudo se resolve, Francisco Crespo considera que a prioridade tem de passar também pela aposta na formação dos técnicos que trabalham nas instituições, pois a Igreja "não pode ajudar por ajudar, nem apenas abrir os cordões à bolsa". Fazer melhor acção social, acrescenta o cónego, "passa por fazer um levantamento mais rigoroso das necessidades das pessoas, responsabilizando-as na construção do seu futuro, e dando respostas mais integradas".

A Igreja e os pobres I

Para que haja maior justiça nas opiniões e nos sermões, partilho convosco bons e maus exemplos da Igreja na sua relação com os pobres.
1. A Igreja de Lisboa decidiu criar postos de trabalho nos centros sociais e paroquiais e fazer protocolos com os centros de emprego e formação do Estado. Esta foi uma das medidas de combate à crise, que afecta cada vez mais famílias, apresentadas aos padres da diocese lisboeta pelo patriarca, D. José Policarpo. A acção urgente do projecto "Igreja Solidária" passou ainda pelo reforço da ajuda alimentar e pelo apoio às famílias no pagamento de créditos à habitação.

A justiça das opiniões

O Dossier de Imprensa, espaço de opinião livre que muitos dizem não ver, até inspira homílias do padre, 'promovido' a cónego, da Sé. Mais, levou-o a exibir alegadas 'contas' - coisa rara na Igreja, mas que devia fazer escola - da ajuda aos pobres. Contudo, pelo que ouvi, no caso em apreço, a caridade cingiu-se à entrega de valores monetários para resolver questões pontuais. O que para mim nada resolve se é que se quer combater honestamente a pobreza. Dar esmola a quem precisa não é a solução. Vejam o que fazem muitos dos que recebem o rendimento mínimo...
A Igreja comprometida com os valores não se pode entreter com homílias em torno dos pobres, nem com os cêntimos que até podem matar a fome. Tem de dar o exemplo, deve agir, ser alternativa e incomodar permanentemente os poderes. De preferência, com verdade. Aliás, para que a reacção à minha opinião fosse justa, importava que Manuel Martins não perdesse a lucidez. O que eu disse é que quem vai à Sé tem de apoiar quem precisa, que o dinheiro das caixas de esmolas ou do ofertório pode ir para uma causa social, que parte do estipêndio das missas pode ajudar a devolver a dignidade humana a quem a perdeu e que não conheço nenhum movimento eclesial ou laical ligado à Sé que olhe de forma sistemática e organizada pelos seus pobres.
Infelizmente, a homília recadenta de ontem comprovou muitos dos meu receios.

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Manuela na crista da onda

A líder do PSD tem todos os motivos para estar satisfeita.
Foi certeira na denuncia que fez na entrevista à SIC.
A PT preparava-se para fazer um negócio interessante. Comprar 30 % da Media Capital, proprietária da TVI.
A PT é uma empresa com pujança mas.... com uma golden share do Estado. Ou seja o governo pode interferir e era o que ia acontecer. Pode: por superior interesse do Estado ou da empresa e claro que não era o caso. Sócrates já se babava de prazer. Iria finalmente mandar a Manuela Moura Guedes para o monte alentejano e o senhor seu marido para uma prateleira dourada. Claro que ia. Não tenho dúvidas. Um e outro não poupam críticas ao Primeiro Ministro e este, não perdoa por feitio.
Manuela Ferreira Leite denunciou com veemencia e Socrates fez marcha atrás dizendo com ar de anjo pateta que "o governo não quer que ninguém suspeite que o negócio iria servir para interferir na linha editorial" de um canal de televisão, ainda por cima independente.
Ora a líder do PSD ganhou um lugar na crista da onda.... espero que a memória dos homens não seja no entanto curta e registe este caso.
É que o PSD já fez coisas muito PARECIDAS, noutros carnavais. Ou seja noutro tempo, com outras maiorias e outros figurões. Um deles anda por aí...chama-se Morais Sarmento.... O pecado do controlo a seu prazer e favor dos media é capital mesmo noutras estações.
É bom avivar a memória até porque vêm aí eleições legislativas e sabemos que ninguém vai ter maioria absoluta, mas um dos dois mandões, do centrão, terá de governar. Tanto pode ser um como outro ....mas nisto; São farinha do mesmo saco. Ou melhor o PS é mestre mas o aprendiz não lhe ficou atrás. A ver vamos no futuro. Agora há blogues, twiter e telemóveis.

segunda-feira, 22 de junho de 2009

A ofensa de Brazão

O desemprego na Madeira atinge novo recorde. E o que diz o Governo? Brazão de Castro referiu que, apesar de se manter uma tendência de crescimento do desemprego, "tem-se notado um abrandamento nessa subida".
São quase 13 mil madeirenses a merecer respeito, senhor secretário. Já que pelos vistos, emprego ninguém lhes dá. Dentro de um mês serão mais. E que dirá o Governo? Perguntem à tutela.

sábado, 20 de junho de 2009

Dossier de Imprensa - 18 Junho 09

Já pode ver no sitio da RTP, na net a edição do Dossier de Imprensa da ultima 5ª feira, dia 18 de Junho. www.rtp.pt.
Para ser mais rápido aqui vai o link :http://ww1.rtp.pt/multimedia/index.php?tvprog=20061&idpod=26605&formato=wmv&pag=recentes&escolha=

Bem vindo " Paralelo 33"

É sempre de louvar o aparecimento de novas formas de divulgação e comunicação. Acresce se isso tem a ver com aquilo que nos está mais próximo.
Mesmo sem ter ido ao pormenor, gostei de saber que existe esta Revista, feito por gente empenhada....espero que sejam consistentes e que cumpram os objectivos.
Aqui vai o link:
www.paralelo33.org

terça-feira, 16 de junho de 2009

A alienação

O Grupo Media Capital vendeu a totalidade da sua participação na Transjornal, proprietária do jornal gratuito "Metro".A Media Capital explicou que esta alienação se inscreve na estratégia do grupo de "concentrar as suas actividades nas linhas de negócio de maior rentabilidade e perspectivas de desenvolvimento". Ou seja, até os gratuitos já deixaram de ser rentáveis.

segunda-feira, 15 de junho de 2009

O regresso do Dossier

Quinta-feira, no horário do costume, voltamos a fazer o Dossier.
Neste intervalo sem programa raro foi o dia em que não encontrei alguém muito admirado, frustrado ou desconfiado, com a ausência...
Mas não deixa de ser interessante que nenhuma dessas pessoas tenha sido proactiva o suficiente para mandar um mail, uma carta, ou um mero telefonema....
É assim o endémico ritmo de participação cívica....
Ouvi sempre interessantes comentários. Que éramos muito úteis, etc...etc...etc....
E, sim! é atávico, porque eu tb não lhes perguntei porque razão não escreviam ou diziam esses comentários nos sitios certos.
Acreditem que essas opiniões, sejam de que sentido fôr são muito úteis. É preciso dar feed-back como se diz modernamente.

Um golpe

A extinção da publicidade na televisão espanhola TVE coloca em perigo 18 mil postos de trabalho e afectará a produtividade de 4.637 empresas publicitárias. A notícia é dada pelo www.publico.es

domingo, 14 de junho de 2009

Muito à frente

Um novo site do The New York Times, chamado The Local, está a usar e a marcar trabalho a jornalistas-cidadãos voluntários. Por cá, os puristas ainda discutem o que é o jornalismo do cidadão.

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Um discurso a reler

Importa ler e reler o discurso de António Barreto no 10 de Junho. De tudo o que li retenho
«Mais do que tudo, os portugueses precisam de exemplo. Exemplo dos seus maiores e dos seus
melhores. O exemplo dos seus heróis, mas também dos seus dirigentes. Dos afortunados, cujas
responsabilidades deveriam ultrapassar os limites da sua fortuna. Dos sabedores, cuja primeira
preocupação deveria ser a de divulgar o seu saber. Dos poderosos, que deveriam olhar mais para
quem lhes deu o poder. Dos que têm mais responsabilidades, cujo "ethos" deveria ser o de servir.
Dê-se o exemplo e esse gesto será fértil! Não vale a pena, para usar uma frase feita, dar "sinais de
esperança" ou "mensagens de confiança". Quem assim age, tem apenas a fórmula e a retórica. Dê-se
o exemplo de um poder firme, mas flexível, e a democracia melhorará. Dê-se o exemplo de
honestidade e verdade, e a corrupção diminuirá. Dê-se o exemplo de tratamento humano e justo e a
crispação reduzir-se-á. Dê-se o exemplo de trabalho, de poupança e de investimento e a economia
sentirá os seus efeitos...»

A mulher de César....

Estava a ver que Carlos Pereira, sempre pronto a desembainhar espadas, não se despachava desta vez.
Vá lá... É que no seu caso se aplica também a celebérrima máxima de que é preciso ser e parecer. Pelo que li o senhor deputado já assume o que era por demais visível; o líder do partido onde se instalou como deputado é uma verdadeira calamidade, um verdadeiro ácido corrosivo.Há dias garantiam-me que lhe pagam para fazer isto. Claro que eu não acreditei, mas lá que o homem vai rebentar com o PS-M, lá isso vai. Nâo tenham dúvidas. Olhem ! o nosso valente Carlos Pereira já não as tém....

segunda-feira, 8 de junho de 2009

As sondagens

A maioria das sondagens realizadas antes das eleições europeias estiveram longe da realidade, atribuindo a vitória ao PS, uma falha que os responsáveis das empresas atribuem, sobretudo, à elevada
abstenção.
A única que esteve perto dos valores finais foi a realizada pela Marktest para o Diário Económico e para a TSF, que colocou o PSD como partido vencedor, ao atribuir uma vitória com 32,5 por cento, logo seguido do PS com 29,4 por cento.