sábado, 6 de fevereiro de 2010

"Para a semana vamos brincar a quê"?

É com este título que Ricardo Costa faz um lúcido artigo de opinião no Expresso desta semana. Recomendo. E, depois, por mim lamento que à custa destes artificios engendrados por grandes equipas de técnicos de manipulação se faça tanto mal a tanta gente. Para esconder uma série de desaires inventam-se casos para animar a Nação. Sem pestanejar, se fôr caso disso, até se vira portugueses contra portugueses.
No saldo de uma semana em que fomos (os madeirenses) apresentados como os chulos da Pátria pergunto-me o que se ganha com tudo isto. Em três paletadas estraga-se tudo. A nossa imagem dificilmente será modificada. E para agravar estou mesmo a ver as bafuradas que vão ser lançadas nos próximos dias. Só falta mesmo repescar aquela idiotice do povo superior....
ou do pobres mas alegres porque é Carnaval e o que interessa é a malta divertir-se....
Mas nem tudo foi triste. Apreciei nesta semana a clarividencia de Honório Novo, aliás a oposição de esquerda e o CDS-PP que tantas vezes são tratados na Madeira como subversivos e fora da lei revelaram um extraordinário sentido de Estado. Não confundiram autonomia com alguns protagonistas do processo. Esses sim são gestos que contam para a Historia. Em contraponto, muito me admiro a cedência ao mais básico sentimento colonialista de alguns articulistas de quem se esperava outra atitude, no mínimo de dúvida metódica. Volto ao que li no "expresso", Alguns experts na matéria confundiram gratuitamente Região Autónoma realidade constitucional com Alberto João Jardim, um protganista. Dou como exemplo o artigo de João Vieira Pereira, no "bloco de notas" do caderno de economia, deste fim de semana. Recupera o argumento baratucho que conquista adeptos na "mainland". O título diz que "Está na altura da Madeira pagar". O jovem articulista interroga-se pela atitude que viu ser tomada pelos partidos da oposição em defesa da Madeira.... nem sequer numa fracção de segundo colocou a hipótese de ser ele que não está a ver as coisas certas. É pena. Por mim aconselhava-o a fazer uma leitura do capítulo sobre finanças regionais que consta do manual de direito financeiro do professor Sousa Franco. Um exemplo, assim, curtinho, directo. Talvez comece a ver a coisa de outra forma. Também pode e deve ler outros investigadores e historiadores e apurar que até se pode responder, desde lado do mar que para peditórios nacionais a Madeira já muito deu. Tempos houve em que era mesmo quem suportava a coroa portuguesa. Sabia?
Depois se for necessário coloco aqui uma lista com sugestões.
Bom fim de semana!

1 comentário:

Anónimo disse...

Claro que são "conversas privadas". Que descoberta genial, pá! Quando alguém está a fazer tráfico de influências, quando alguém quebra todas as regras da democracia, esse alguém normalmente é esperto o suficiente para fazer isso em "conversas privadas". É para isso que precisamos da polícia e do MP.