quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Uma história com João Borges

Recebi do chefe de redacção a incumbência de uma reportagem sobre um determinado assunto que implicava ouvir João Borges. Disseram-me que era um tipo bestial, o Mr Madeira, um relações públicas de primeira. Eu não conhecia Mr Borges. Dirigi-me à Avenida Arriaga, onde gravei meia hora de conversa em bobina (era assim que se fazia informação em rádio, há alguns anitos atrás). Regressei à base com o meu trabalho... um montão de ideias para resumir numa peça curta e clara. Era um jovem repórter em início de carreira e fiquei encantado com a simpatia de João Borges que me tratava carinhosamente por " o meu amigo". Estava quase a completar o trabalho quando recebi uma chamada do entrevistado a avançar dados mais precisos sobre a entrevista.... a história repetiu-se não sei quantas vezes, mas pelo menos mais duas e eu, que " sim senhor, sr. João Borges". Ele pedia desculpa mas a verdade é que após os telefonemas tinha de retocar o texto e julgo que alterar os registos magnéticos ( os sons) escolhidos para a referida reportagem.
Quando julgava que tinha tudo arrumado lá veio mais um telefonema da Direcção do Turismo coberta de mil desculpas. Outra rectificação para o trabalho que estava a fazer. Dito o que tinha a dizer, João Borges remata, quebrando alguma formalidade colocada até aí... " meu amigo! disse, eu dei-lhe os ossos agora você que monte o esqueleto.... Sabe, acrescentou naquele estilo muito próprio, eu considero os jornalistas como os arqueólogos que a partir de um monte de cacos recompõem um pote". E riu-se muito. Ainda o ouço rir. Goodbye Mr Borges!

9 comentários:

Donato Paulo Vares Macedo disse...

Olá Roquelino. Só soube hoje, ao visionar o programa, que o Dossier de Imprensa tinha um espaço na blogosfera. Reitero a oportunidade e necessidade desse espaço na RTP-M.
Felicito-vos por este espaço que certamente contará com a minha assídua e regular visita. Bem-hajam.

Anónimo disse...

Olá a todos os membros do "Dossier de Imprensa".
Desde já quero-vos felicitar pelo programa, e por este blog.
Sempre que posso acompanho o programa todas as quintas, e só ontem é que tive conhecimento do blog.
Se me permitem, gostava de vos alertar, e como sois jornalistas, para a escrita deste blog, ter atenção aos erros.
Gostaria de ver o Miguel Cunha fazer parte do painel, pelas razões que todos os que o conhecem sabem.
Mais uma vez parabéns.

Anónimo disse...

Oh Nuno Jardim. Poupe-nos com essa ideia peregrina de ter gente aos gritos neste dossier!!!

Anónimo disse...

Caro Ricardo Jardim, é precisamente porque conheço o jornalista que refere que considero que ele não se integra neste tipo de programa de debate. Não é falando mais alto que as pessoas nos precebem. Além de que, como dizia o poeta, a forma como se diz também diz. Aos actuais membros do programa, aproveito a oportunidade para deixar os meus parabens.

Rui Alberto

Anónimo disse...

Pareçe que alguém se incomodou.

Anónimo disse...

Nuno Jardim. Escreve-se parece e não pareçe!

Anónimo disse...

Obrigado pela correcção.

3RRR (Henrique Freitas) disse...

Tal como o Donato, só ao visionar o programa de ontem é que soube que tinham o espaço dedicado na blogosfera.
Espero que se torne num espaço de participação e discussão mas com coerência e não a verborreia que muitas vezes prolifera.
Aproveito a ocasião para saudar o programa pois sendo uma companhia semanal, podemos apreciar as diferentes opiniões sobre a vida na nossa ilha com comentários saudáveis.
E como o post a ele se referia, aproveito também para endereçar os sentidos pêsames aos familiares e amigos do Sr. Borges. Foi com muita avidez de histórias que acompanhei todos os programas "Quarto de século", excelente produção regional em que o Sr. Borges participou. Era realmente um excelente relações públicas. Um grande bem haja, onde quer que esteja.

Anónimo disse...

Já agora: não é precebem, é percebem, percebeu? Os dedos, às vezes, são mais rápidos do que o cérebro!
Paulo Gomes