quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

" Marco Bellini "- a riqueza do molho ou a pasta?

Não há muito tempo corria nas televisões um "delicioso" anuncio sobre uma especialidade culinária, no qual uma familia italiana se questionava sobre o que dava o toque final de mestria. Um dos filhos, teimava que era a riqueza do molho, o outro; a pasta, ou seja a qualidade da massa. "Di-lhe mama", pedia um e a matriarca respondia : " Marco Bellini é que sabe..." Marco Bellini era o nome do fabricante da matéria prima, no caso o esparguete.
Lembrei-me deste anúncio e do esquema desta mensagem publicitária ao constatar que também Olivier Blanchard, chefão do FMI vem agora defender, em entrevista ao Le Monde, que é importante alguma expansão orçamental e o lançamento de um programa de obras públicas. Tal como defende Barack Obama para a América e em certa medida José Socrates para Portugal com a decisão de proceder a obras em varias escolas. É afinal uma terapêutica imediata, remédio caseiro para evitar uma crise economica de grandes proporções.
Então, dirão uns de sorriso rasgado, de orelha a orelha, que a política do betão tem vantagens. Claro que tem. O problema aqui, nestes nossos cantos, Portugal e ilhas adjacentes são os esquemas semi mafiosos que orientam concursos publicos e opções de investimento, coisa que só se resolve com mecanismos de controlo potentes e olhares atentos dos cidadãos. Não
nos podemos acomodar e pensar que essas coisas são para os outros, os entendidos, os eleitos. É mentira. Veja-se o que fizeram iminentes banqueiros, economistas, gurus e referencias morais....deram com os burros na água, mas antes encheram-se de dinheiro, do nosso dinheiro.
Agora que a coisa está negra é o que se sabe e do saco dos nossos impostos vão lá buscar para socializar os prejuízos, invocando consequências de maior.
Olho portanto nos concursos públicos, olho no preço."Marco Belllini é que sabe" mas nós é que pagamos.

2 comentários:

Anónimo disse...

Lembro-me perfeitamente do anuncio das massas italianas. Costumo imitar o anuncio e a pronúncia, quando quero dizer: tu é que sabes.
Bom Natal

Anónimo disse...

Diz quem viu e disse a RTP Madeira que a "variante" apresentada por 32 milhões para os Barreiros é igual ao Estádio do Nacional e terá sido desenhada pelo próprio Rui Alves, através da empresa e projectista que fez o Estádio dele.
Interessado e fortemente que o rival tenha, como ele, um elefante branco dependente dos subsídios públicos.
Esperemos que o Marítimo saiba fugir dessa solução, como o diabo na cruz, mesmo que só se veja financiado nesses mesmos 32 milhões.
É preferível ter apoio parcial (só a parte desportiva) e poder desenvolver componente "comercial" que lhe pode garantir o futuro. Do Estádio e do Clube...
E essa componente é possível e cabe lá. Afinal, a tão falada "limitação" determinada por antigos donos do terreno (aquando da doação) apenas se aplica a menos de metade do terreno (o resto foi expropriado sem condições).